Uma Onda de Choque em Orlando
A Copa do Mundo de Clubes da
FIFA 2025 testemunhou um evento que ressoou por todo o cenário do futebol
global, quando o Al Hilal, da Arábia Saudita, surpreendeu o Manchester City, da
Inglaterra, com uma vitória por 4 a 3 na prorrogação. A partida, válida
pelas oitavas de final, foi disputada no Camping World Stadium, em Orlando,
Flórida, um palco que geralmente recebe confrontos de alto nível.
O confronto era amplamente percebido
como um embate entre Davi e Golias. O Manchester City, atual detentor do título
da Copa do Mundo de Clubes e gigante europeu , é consistentemente
classificado entre as melhores equipes do mundo, ocupando a 4ª posição no
Índice de Poder de Clubes da Opta. Em contraste, o Al Hilal, embora seja a
principal equipe da Ásia e campeão da Liga Profissional Saudita, ocupa a 70ª
posição global e não é tradicionalmente considerado um rival para as
potências europeias. Essa disparidade marcante estabeleceu o cenário para
uma narrativa de "zebra".
A derrota por 4 a 3 na
prorrogação para o Al Hilal não foi apenas um resultado numérico; foi um
"choque" , uma "virada dramática" e "uma das
maiores vitórias na história do futebol do Oriente Médio". A
magnitude do evento reside na identidade dos envolvidos, onde a expectativa de
domínio do Manchester City foi subvertida por um adversário consideravelmente
menos cotado. Este desfecho desafia as hierarquias estabelecidas no futebol,
tornando-se intrinsecamente uma notícia de grande impacto. O uso de termos como
"atordoar" e "choque" em diversas fontes reforça
a percepção de um resultado altamente improvável. O propósito deste relatório é
fornecer uma análise abrangente e detalhada deste "thriller de sete
gols" , examinando a progressão da partida, as atuações cruciais, as
nuances táticas e as implicações mais amplas dessa monumental virada.
Narrativa da Partida: Um Épico
de Sete Gols em Campo
A partida entre Manchester
City e Al Hilal foi um verdadeiro thriller, com o placar mudando de lado várias
vezes e sendo decidido apenas na prorrogação.
Primeiro Tempo: Liderança
Inicial do City e Oportunidades Perdidas
O Manchester City assumiu a
liderança cedo na partida. Bernardo Silva abriu o placar aos 9 minutos após
uma jogada e cruzamento poderosos de Rayan Ait-Nouri. O gol foi alvo de
controvérsia, com jogadores do Al Hilal protestando por um suposto toque de mão
de Ait-Nouri na construção da jogada, mas o gol foi validado após revisão do
VAR.
O City dominou a posse de bola
no primeiro tempo (62,5% ao intervalo) e criou inúmeras chances para
ampliar sua vantagem. Savinho teve uma oportunidade de um contra um ,
e Jeremy Doku esteve ativo na ala esquerda, criando aberturas. Gündogan,
Josko Gvardiol e Doku também tiveram chances de gol.
No entanto, o goleiro do Al
Hilal, Yassine Bounou, foi uma figura central, realizando "defesas
incríveis" e sendo um "herói da partida". Bounou
efetuou impressionantes 10 defesas , negando múltiplas tentativas do City,
incluindo chutes de Savinho, Gündogan, Gvardiol e Doku. Sua atuação foi
fundamental para manter o Al Hilal no jogo durante os períodos de domínio do
City.
Apesar do domínio do City, o
Al Hilal demonstrou sua capacidade de contra-ataque no final do primeiro
tempo. Marcos Leonardo marcou para o Al Hilal aos 45 minutos com um
cabeceio, empatando o placar pouco antes do intervalo.
Segundo Tempo: A Blitz do Al
Hilal e a Resiliência do City
O Al Hilal não perdeu tempo no
segundo tempo, empatando a partida apenas 42 segundos após o
reinício. Marcos Leonardo marcou seu primeiro gol aos 46 minutos em
um rebote após Ederson espalmar um cruzamento de João Cancelo. Apenas seis
minutos depois, Malcom (M Silva de Oliveira) colocou o Al Hilal à frente aos 52
minutos , aproveitando um lançamento longo do ex-jogador do City, João
Cancelo, e finalizando com um chute rasteiro no canto.
O Manchester City respondeu
rapidamente. Erling Haaland balançou as redes aos 55 minutos ,
aproveitando uma bola solta após um escanteio de Bernardo Silva em um
bate-rebate na área. Pep Guardiola fez uma substituição tripla aos 53
minutos, colocando Rodri, Nathan Aké e Manuel Akanji em campo para tentar
estabilizar a defesa.
Uma possível penalidade para o
Al Hilal, após Malcom ser derrubado por Rúben Dias, foi anulada por
impedimento. O jogo permaneceu aberto e vulnerável para o City. Ambas
as equipes tiveram chances, com o City pressionando por um gol da
vitória. Akanji cabeceou na trave, e a finalização de Haaland no rebote
foi afastada da linha. Bounou continuou a negar as tentativas do
City. A partida terminou empatada em 2 a 2 no tempo regulamentar, levando
à prorrogação.
Prorrogação: Os Golpes
Decisivos
Apenas quatro minutos na
prorrogação, Kalidou Koulibaly colocou o Al Hilal novamente à frente com um
cabeceio poderoso após um escanteio de Rúben Neves. O City respondeu 10
minutos depois. O substituto Phil Foden, que entrou aos 100 minutos ,
marcou seu 100º gol pelo City , empatando o placar em 3 a 3 com uma finalização
precisa após uma assistência "perfeita" de Rayan Cherki. Este
gol o tornou o 20º jogador na história do clube a atingir essa marca.
Incrivelmente, o Al Hilal
respondeu mais uma vez. Marcos Leonardo garantiu a vitória para o Al Hilal
com seu segundo gol na partida aos 112 minutos. O gol veio de um rebote
após Ederson defender um cabeceio de Sergej Milinkovic-Savic. O placar
final foi Al Hilal 4-3 Manchester City.
A tabela a seguir detalha a
progressão dos gols:
Time |
Jogador |
Minuto |
Manchester City |
Bernardo Silva |
9' |
Al Hilal |
Marcos Leonardo |
46' |
Al Hilal |
Malcom |
52' |
Manchester City |
Erling Haaland |
55' |
Al Hilal |
K. Koulibaly |
94' |
Manchester City |
Phil Foden |
104' |
Al Hilal |
Marcos Leonardo |
112' |